O tratamento de canal, deve ser feito por um profissional especializado e com tecnologia de última geração!
Os tratamentos de canal são procedimentos complexos mas que, quando bem executados não precisam de ser uma fonte de complicações, com infindáveis idas ao consultório e problemas logo após os mesmos e no futuro.
O que é a Endodontia (Tratamento de canal)
A Endodontia é a disciplina da Medicina dentária que se dedica ao estudo e tratamento das doenças da polpa dentária (parte interna e vital do dente). Quando este tecido é afetado, seja por fratura, cárie ou outras infeções.
O Tratamento Endodôntico (tratamento de canal) é a única forma de manter o dente saudável e em função.
A Endodontia atual apresenta resultados bastante previsíveis quando alcançamos a excelência da técnica, a qual, apenas é possível, com a utilização de Microscópio Clínico. A utilização do Microscópio Clinico permite uma abordagem apropriada aos canais radiculares, mesmo com anatomias complicadas através da ampliação do campo de visão.
Tratamento de Canal
Como já foi dito, os tratamentos de canal são uma ferramenta fundamental que nos permite salvar muitos dentes que de outra forma seriam extraídos. Numa era em que os implantes estão da ordem do dia, com marketing agressivo, por vezes os profissionais são tentados a optar por esta solução mais rápida e mais rentável antes de tentarem tudo para salvar um dente.
Como sempre defendo o dente é o melhor implante do mundo, consulte o artigo sobre implantes aqui!
Os tratamentos de canal já são efectuados há muito tempo mas, nos últimos anos, tiveram uma enorme evolução.
São tratamentos altamente especializados, que exigem formação específica, material de última geração para a preparação e obturação de canais, e se quisermos aumentar muito a taxa de sucessos nos casos mais difíceis, uso de Microscópio Clínico.
Por esta razão já há vários anos que os tratamentos de canal na minha Clínica são feitos por Endodoncistas (Especialistas em tratamento de canal) e, mais recentemente, fiz o Investimento num Microscópio Clínico para poder assegurar aos meus pacientes o melhor que hoje em dia é possível nesta área.
Em que é que isto se traduz:
- Elevada taxa de sucessos tanto em tratamentos de 1ª vez como em retratamentos de canais (muito mais difíceis porque o dente já foi “mexido” e obstáculos novos aparecem).
- Redução do número de sessões necessárias para fazer o tratamento de canal com a possibilidade de “Sessão única” em muitos casos.
- Possibilidade de salvar dentes com tratamentos de canal antigos e que têm queixas (como dor à mastigação) ou que radiograficamente apresentam canais incompletamente tratados e/ou com imagens na ponta das raízes indicadoras da existência de granulomas ou de quistos (resultado de infeção crónica nesse dente)
O que é ao certo um tratamento de canal, quando é que se faz e em que consiste?
O dente apresenta uma parte exterior dura, mineralizada, composta por Dentina recoberta por Esmalte, e um nucleo interno, a Polpa Dentária, mais conhecida por “nervo”.
Quando as cáries chegam próximo ou mesmo à polpa o dente geralmente (mas nem sempre) doi já que as bactérias das cáries vão infectar a polpa.
Nesta fase várias coisas podem acontecer:
- Pode haver dor aguda, que piora à noite e que pode ser insuportável (pulpite, a polpa inflama e não tem por onde se expandir porque está confinada por tecidos duros).
- Pode haver um abcesso
- O processo pode se tornar crónico com queixas menos exuberantes ou inexistentes e mais tarde vimos a descobrir numa radiografia as cáries penetrantes e imagens de granulomas e quistos.
Só existem 2 hipóteses perante este quadro:
- ou se tira o dente
- ou se faz o tratamento de canal
É uma escolha fácil, devemos sempre manter o mais possível os dentes.
Sob anestesia local faz-se um orifício de acesso no dente e chega-se à polpa (nervo) que é totalmente removida com a ajuda de limas, e o ou os canais preparados para depois receberem uma obturação que os vai selar completamente.
Isto é bastante importante: se os canais não são totalmente limpos (até à ponta da raíz) e selados abre-se a porta a insucessos e bactérias vão colonizar estes espaços não tratados.
Este tratamento era, até há pouco, feito obrigatóriamente num mínimo de 2 sessões (às vezes muitas mais), hoje já podemos em muitos casos fazer sessões únicas mais extensas e preparar e obturar os canais numa mesma sessão.
Agora os canais estão tratados, que fazer ao Dente?
Uma vez que os canais estão tratados há que saber o que fazer ao dente: principalmente em dentes com grande carga mastigatória, como é o caso de pré-molares e molares.
Os dentes desvitalizados não só apresentam perda substancial da sua estrutura por cárie (muitas vezes restam só paredes finas de dente preenchidas por obturações gigantes) como, após o tratamento de canal, vão ficar desidratados e mais frágeis, havendo um risco grande de fracturas que se estendem à raíz.
Não se deve avançar para um tratamento de canal de um dente que vemos que está em risco sem avisar o paciente que não basta obturar o dente, há que proteger a zona que tritura os alimentos com um overlay ou uma coroa de cerâmica, para evitar que o dente fracture e tenha de ser extraído ( aí não só se perde o que se pagou pelos tratamentos mas também se perde o mais importante, o dente e temos que recorrer a implantes).
Veja o caso “arrumar a casa” , neste caso para além de outros tratamentos foram colocados dois overlays de cerâmica nos molares à direita que tinham tratamentos de canal e obturações gigantes. Esta situação é muito frequente e conduz quase sempre à perda do dente por fractura. É obrigatório recobrir todo o prato oclusal com cerâmica o que permite não só proteger o dente mas também restaurar a anatomia.