Facetas de Compósito versus Facetas de Cerâmica : Dois Mundos à Parte

As Facetas Dentárias de Cerâmica são a “técnica estrela” dentro da Dentisteria Cosmética.

Tal como afirmei no meu artigo anterior Facetas de Porcelana : Melhor é impossível!

As Facetas de Cerâmica têm um sem número de vantagens:

  • desgastes dentários mínimos,
  • enorme naturalidade e estética,
  • boa relação com a gengiva
  • grande longevidade.

Estes fatores não são de todo aplicáveis a outro tipo de Facetas, as Facetas de Compósito, quer feitas em laboratório, quer pré-formadas, quer feitas diretamente na boca do paciente pelo Dentista.

As facetas de compósito, quando comparadas às facetas de Cerâmica:

  • têm uma estética muito inferior
  • têm uma duradilidade muito inferior
  • estão sujeitas a alterações da cor , manchas e infiltração das margens.

A única vantagem que poderiam ter, face às facetas de cerâmica , seria o custo, que é inferior. Este ponto seria da máxima importância caso estes dois materiais, cerâmica e compósito, fossem comparáveis mas não são.

Sendo um tratamento eminentemente estético, só vale a pena ser feito se o resultado for o melhor possível.

Por estes motivos eu não faço facetas de compósito: por mais baratas que sejam custam sempre um valor substancial, também implicam algum desgaste dentário e para mim é dinheiro mal gasto: mais vale fazer o tratamento mais tarde ou por fases e fazê-lo bem do que fazer um tratamento eminentemente estético e que nunca ficará perfeito.

Para ilustrar estas afirmações escolhi um dos meus últimos casos de Facetas de Cerâmica: “Facetas de Cerâmica Versus Facetas de Compósito” tratava-se de um paciente bastante jovem (22 anos) e que, após ter usado aparelho dos 6 aos 12 anos!!!, ficou com espaços (diastemas) entre os dentes.

Numa tentativa de encerrar estes espaços o seu anterior Dentista fez 6 facetas de compósito de canino a canino. Os resultados falam por si: os espaços foram disfarçados criando sorriso bastante desiquilibrado, com dentes demasiado quadrados e pequenos para a pessoa em questão e ainda por cima estas Facetas foram sofrendo alterações de cor e infiltração das margens com o passar do tempo. O sorriso não era bonito e não estava minimamente de acordo com a idade deste jovem.

Sou da opinião que mais vale não fazer nada e deixar os espaços do que colocar um trabalho que não só não fica bem de início, como se deteriora com o passar do tempo!

Após estudo do caso chegámos à conclusão que este poderia ser resolvido com recurso a :

  1. Gengivoplastia: subimos um pouco a linha da gengiva para poder criar dentes um pouco mais compridos e com forma mais harmoniosa.
  2. 8 Facetas de Cerâmica: de pré-molar a pré-molar para encerrrar os espaços e criar um sorriso jovem e harmonioso
  3. Branqueamento do Maxilar Inferior.

Este tratamento exigiu apenas 2 consultas de longa duração (cerca de 3 horas cada) e, em 1 Mês, o paciente teve o sorriso que tanto desejava.

Para um paciente que usou aparelho durante 6 anos e ficou com um sorriso que não parecia seu durante toda a adolescência é realmente uma mudança extraordinária!

São casos como este que me fazem continuar a sentir apaixonada pelo meu trabalho ao fim de mais de 25 anos!

Como já vem sendo hábito, fizemos uma série de perguntas ao paciente para podermos avaliar como vivenciou a sua mudança e grau de satisfação com o resultado obtido.